O CDS-PP defende a realização de um estudo "aprofundado" do traçado do comboio de alta velocidade (TGV) depois de o ministro Mário Lino ter pedido uma avaliação comparativa sobre a nova travessia do Rio Tejo.
Também o PSD lamenta que estudo pedido ao LNEC não englobe o TGV.
"Seria bom que fosse feito um estudo mais aprofundado relativamente à opção do TGV", disse à agência Lusa o deputado Belo Baptista, considerando que ao mandatar o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para avaliar qual a melhor solução para a nova ponte sobre o Rio Tejo, o ministro Mário Lino "desautorizou" o primeiro-ministro.
Belo Baptista lembrou que quando anunciou a mudança da localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa para Alcochete, o primeiro-ministro afirmou que a opção Chelas-Barreiro se mantinha para a terceira travessia do Tejo, apesar de o estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) apontar como opção a ligação Beato-Montijo.
"O que vemos agora é o primeiro-ministro a ser desautorizado pelo despacho do ministro e uma decisão que era uma certeza transformada numa grande dúvida. Afinal o estudo (sobre a localização do aeroporto) tinha pés de barro", sublinhou.
O deputado do CDS-PP sustenta que uma obra desta importância para o País merece um tratamento diferente, com todos os estudos em cima da mesa, acusando o Governo de "anunciar à pressa" sem preparar bem o trabalho de casa.
PSD lamenta que estudo pedido ao LNEC não englobe o TGV
O deputado do PSD, Jorge Costa, lamenta que a avaliação relativa à nova ponte sobre o Tejo, pedida pelo ministro Mário Lino ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, não inclua as opções de entrada em Lisboa do comboio de alta velocidade.
"Pena é que o estudo comparado não envolva a análise das duas alternativas (pela margem sul ou norte) sobre a mesa de chegada a Lisboa do comboio de alta velocidade (TGV)", disse Jorge Costa à Agência Lusa.
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para avaliar qual a melhor solução para a nova ponte sobre o rio Tejo e se esta deve ser só ferroviária ou também rodoviária.
Publicação: 08-02-2008 07:59
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1 comentário:
Defendo uma travessia ferroviária para o TGV e outros comboios, entre Montijo e Chelas, por ser mais curta do que no Barreiro, e uma outra só rodoviária entre Algés e a Trafaria e Algés. Essa nova travessia rodoviária retiraria certamente bastantes veículos automóveis da ponte 25 de Abril, que ficaria assim disponível para receber o trânsito que já hoje utiliza a Vasco da Gama dada a saturação da 25 de Abril.
O trânsito do novo aeroporto far-se-ia assim, sobretudo pela ponte Vasco da Gama, já existente no Montijo, e que ficaria aliviada porque uma parte do seu actual trânsito transitaria para a 25 de Abril ou deixaria simplesmente existir porque os actuais utentes passariam a utilizar o comboio suburbano que servirá também o novo aeroporto de Alcochete.
A travessia em Algés poderá ser por ponte ou por túnel, mas a ser feita por ponte terá quer ser tão ou mais alta que a 25 de Abril. Por isso a melhor escolha deverá ser certamente o túnel, que daria seguimento à CRIL que termina de forma abrupta em Algés numa rotunda.
Aguardamos os estudos.
Zé da Burra o Alentejano
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