sábado, setembro 29, 2007
perguntas e respostas sobre o tgv em aljubarrota
1- qual o espaço em metros da largura de implantação da via?
R: o espaço para implantação da via é de 14 metros. no entanto, estima-se que a largura média de ocupação, entre vedações, seja de cerca de 40 metros, variável em função do desnivel entre a cota do terreno natural e a cota da plataforma a construir
2- qual irá ser a distância de segurança, independentemente do traçado escolhido, a partir da via?
R:o decreto-lei nº 276/2003, de 4 de novembro, estabelece as servidões e as restrições a que estão sujeitos os proprietários dos prédios confinantes do caminho-de-ferro ou seus vizinhos, nomeadamente, áreas non aedificandi que para linhas de veloci~dade de velocidade elevada, igual ou superior a 220 km/h, não poderão ser inferiores a 25m para além do limite do caminho-de-ferro. embora ainda não exista legislação para linhas de alta velocidade, admite-se que o valor indicado se possa manter
3- a quantos metros irá ficar a rede de protecção ao TGV, a partir da linha?
R: respondido no ponto 1
4- dentro da zona de segurança podem ficar as casas existentes e se serão impedidads novas construções?
R: na área non aedificandi, em geral, poderão manter-se as construções existentes, mas não serão permitidas novas construções
5- qual o raio no qual se estima ser a zona afectada a quando da construção da linha?
R: a zona afectada, a quando da construção da linha, deverá ser pouco superior à zona de ocupação a menos dos caminhos de acesso e das áreas destinadas a estaleiro ou depósito de materiais
Mais uma vez se pede à população de Aljubarrota o favor de se dirigir a qualquer das juntas de freguesia para ser informado sobre a forma de protesto a este projecto imposto por aqueles que só podem estar a tomar estas medidas e a aprovar este projectos por não conhecerem nem a zona nem o impacto negativo que este pode vir a ter nas nossas vidas futuras
sexta-feira, setembro 28, 2007
TVG a destruir a vida das gentes de Aljubarrota
Muitas casas da Lagoa do Cão, Olheiros, Ataijas, Cadoiço, Casais de S. Teresa, Carvalhal, Casal do Rei, Moleanos, etc vão ser destruidas ou afectadas
vão ser expropriadas (e decerto nunca pelo justo valor) casas e terrenos a 90 m da passagem do tvg
as grutas históricas do carvalhal de aljubarrota vão estar em perigo e vamos deixar de poder estudar mais sobre a história , não só de Aljubarrota, mas da própria humanidade
a centenária capela de s. joão baptista, uma das mais antigas do país e classificada como património nacional vai sucumbir face ás escavações
zonas verdes, aves migratórias e o coração de oxigénio das nossas freguesias vão ser destruidas
a radiação vai acelerar problemas cancerigenos nas nossas populações
o impacto sonoro vai afectar até 150m da via
na Lagoa do Cão o tvg vai atravessar a única parte onde era possivel contruir ( a restante estava em pdm)
a economia da região, que se baseia em 80% (nada importante, pois não?), e que diz respeitoà extracção de pedra vai ser afectada
O concelho vai ficar dividido em 2
Quase 70% dos casais de S. Teresa vão ser destruidos
e mais irei divulgando sobre as razões que me levam a estar contra a passagem deste desnecessário investimento, consoante as informações técnicas me forem chegando.
Mas, não quero deixar de vos colocar algumas questões sobre o assunto, para irem pensando:
vale a pena fecharem-se escolas e maternidades por falta de verba para, depois, se gastar tanto dinheiro num transporte de alta velocidade?
a quem serve este tipo de transporte?
que lobbies estamos nós a ajudar?
vocês que passaram uma vida inteira a juntar um dinheirinho para, com suor, lágrimas e sofrimento, terem uma casita ou um pequeno terreno, vão deixar que, alguns senhores, com o rabo bem sentado numa cadeira do poder, vos tirem tudo o que vos custou a ganhar?
Meus amigos
se este meu artigo, vos chegou às vossas casa e vos indignou (como me indignou a mim e, note-se - a minha casa não é afectada!), então, por favor, dirijam-se à vossa junta de freguesia e lá, terão todas as informações que vos permitem lutar contra esta injustiça.
Façma-no já na próxima segunda-feira, não deixem de lutar pelo que é vosso, ou... do vosso vizinho!
Não baixem os braços! Mostrem que PODEMOS REPETIR A HISTÓRIA DA PADEIRA DE ALJUBARROTA - TEMOS A FORÇA DA RAZÃO E NINGUÉM NOS PODE VENCER!
quarta-feira, setembro 26, 2007
"O cavaleiro de Santiago"
domingo, setembro 23, 2007
O que se passa senhores autarcas?


Já nem é que eu estranhe, mas é bom alertar os menos informados.
O dr Sapinho, talvez pelo avançado da sua idade, já tem uma certa dificuldade em recordar o que aprendeu (ou deveria ter aprendido) nos bancos da escola: a nossa história e a importância da batalha de Aljubarrota na nossa independência.
Depois de não ter comparecido na homenagem a Eugénio dos Santos, nem ter dado a cara na medieval; depois de na sessão de entrega do certificado do mosteiro como um dos finalistas às sete maravilhas se ter enganado (em 3 décadas) na data da batalha, etc, etc, etc, agora até se esqueceu de Aljubarrota como parte importante do património histórico do concelho.
E quando?
Eu até entendo!- como é que o nosso presidente iria justificar o péssimo calcetamento da Rua principal da vila e "aquela" janela manuelina que se mantem rodeada de portas de aluminio?
Seria um embaraço, não seria?
Que pena! talvez alguém fizesse alguma coisa por esta janela já que, nem os responsáveis camarários, nem o presidente da junta de freguesia de S. Vicente fazem nada por este estado de coisas!

Será que estamos perante um caso de avitaminose aguda? é que tanto desprendimento e apatia só vêm da parte dos grandes consumidores de laranjas...
Será um surto? e será contagioso?
quinta-feira, setembro 20, 2007
“MATER” – exposição a não perder!
Ricardo passarinho é um jovem talentoso de 28 anos e residente na Benedita.
Actualmente, encontra-se a finalizar o mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.
Este jovem deu-nos a oportunidade de conhecermos a sua expressão artística através das belas fotos expostas no posto de turismo de Alcobaça (entre 18 e 30 de Setembro) sob o nome “Mater”.
Daqui, esta mostra de arte seguirá para a Galeria da Sede da Região de Turismo Leiria/Fátima onde pode ser visitada entre os dias 1 e 14 de Novembro.

Fomos visitar a sua obra e não conseguimos ficar insensíveis ao modo como vê, por exemplo, Lisboa e S. Martinho.
Nota-se um transmitir de emoções do próprio artista para a fotografia.
Quer as técnicas utilizadas, quer a escolha do momento (a nível de luz) mostram a afectividade de Ricardo aos temas escolhidos.
È, de facto, uma exposição a não perder, não só pelos amantes de fotografia mas, também, por todos os que apreciam o que de belo temos em Portugal.
Sinceramente, fiquei com vontade de conhecer mais da obra deste jovem.

E, é por esse motivo que, na próxima edição, irei contar-vos um pouco mais deste nosso artista alcobacense, uma vez que, ele, amavelmente, nos vai dar a honra de uma conversa informal sobre a sua obra, as suas vivências e as suas emoções.
Aqui vos deixo com duas das suas fotos esperando que vão todos ao posto de turismo de Alcobaça para verem as restantes obras deste artista.
Obrigado, Ricardo, por partilhar connosco a sua arte!
Lúcia Duarte
terça-feira, setembro 18, 2007
Comunicado de Imprensa:
Chama-se “Mater”, o novo projecto fotográfico de Ricardo Passarinho, sucedendo a “Dois”, de 2004.Houve, na imprensa, quem considerasse “Dois” um ensaio sobre o amor, e quem visse nele uma reflexão sobre os limites da Fotografia, no século XXI.
O autor haveria de reconhecer que se tratava de um trabalho sobre a pluralidade – das relações humanas, da noção de “casa”, do que é concreto e do que é abstracto, da Fotografia, hoje.
A dúvida e as leituras múltiplas e entrecruzadas faziam parte do conceito, e o próprio modo como as imagens estavam dispostas conduziam o espectador a uma espécie de desorientação. Recorde-se “Postcard View”, a irónica fotografia de abertura, em que o bairro de Campolide (Lisboa) surgia estilizado, na saturação dos seus telhados vermelhos, no exagero da luz, no branco depurado das residências sociais de Alcântara, ao fundo.
Parecia, efectivamente um postal, para turista, mas não deixava de acolher as mazelas (remediadas) da capital.
Ao lado, a Foz do Arelho, no Inverno, desprovida das suas funções balneares e de pôres-do-sol laranja.
Antes cinzenta, chuvosa, uma aberta a iluminar a Berlenga, uma mar picado face a um pescador de garda-chuva fechado.
Haveria também um mapa desfocado, areia, um auto-retrato pixelizado, a sugerir metade de uma máscara, cinco imagens radicalmente diferentes a partir de uma mesma fotografia, dois rostos em espiral, entrelaçando-se, duas vezes – numa imagem uma fusão total, noutra dois lábios que se tocam.
Parava-se perante a quase microscopia do Vale Furado, a estudar os grãos (seria “só” areia?), tentava-se decifrar o mapa propositadamente semi-indecifrável e voltava-se atrás nas imagens abstractas e via-se nelas, claramente, sémen, sangue, uma parede, a imagem de uma TV sem sinal, ou talvez não.
Se “Dois” se apoiava na forma para transmitir as suas mensagens, em camadas, “Mater” parte da sua antítese aparente. Todas as fotografias se socorrem quer do objecto concreto fotografado, quer da técnica de captação dessa imagem.
Não há, por assim dizer, edição a posteriori.
Trata-se de visões criadas aquando do próprio acto de fotografar.
O desafio consiste, por um lado, em descodificar o título da série, à luz das imagens, e, por outro, em aceitar, face a algumas delas, a garantia do autor de não manipulação. São doze fotografias que retratam locais – São Martinho do Porto, Lisboa, Monsaraz, Porto Côvo – mas sobretudo paisagens afectivas.
Umas destacam-se pela crueza, outras porque se nos afiguram algo estranhas, outras ainda pela forma como o modo de captação serve o objecto.
O Marquês de Pombal, por exemplo, não será fácil de identificar, e contudo capta-se de forma precisa a sua identidade - ironicamente, a velocidade lenta da obturação potencia-lhe a vertigem, o fluxo constante.
As fotografias de São Martinho beneficiam da mesma técnica, amplificando o esmaecimento que a noite traz e a serenidade da baía, evocando aguarelas. Trata-se de momentos únicos, de conjugações raras de luz e cor, das quais o espelho de água que se captou, ao pôr-do-sol, na marina inacabada do Parque das Nações será um dos melhores exemplos. Há rochas, erva, água, natureza e urbanidade, e um fio condutor, como se tudo fizesse parte de um mesmo mapa, privado, de um mesmo espaço interior.
No seu todo, e em cada célula, pressente-se um conforto uterino, e o desenho de uma projecção, humana.“Mater” estará patente na Galeria do Posto de Turismo de Alcobaça, de 18 a 30 de Setembro, e na Galeria da Sede da Região de Turismo de Leiria/Fátima (Leiria), de 1 a 14 de Novembro.
Ricardo Passarinho tem 28 anos, é professor e encontra-se a finalizar o mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi discente de Sérgio Mah, comissário do Lisboa Photo, em 2003.
segunda-feira, setembro 17, 2007
MOSTRA DE ARTE EXPERIMENTAL
Alcobaça acolheu o “Rabiscuits 2007 - mostra de arte experimental”.
Aconteceu, e surpreendeu muita gente, nos dias 14,15 e 16 de Setembro, que não sabia o que era «aquilo».
A divulgação tinha sido feito por um programa que talvez pecasse por falta de informação. Quem quisesse saber mais alguma coisa teria de ter o trabalho de consultar o site oficial do “Rabiscuits

Por quem informa tem que estar informado foi o que fizemos. E a «informação» estava lá e dizia:«… o que se pretende é “dar a conhecer nova arte de cariz experimental integrada em espaços públicos de forma a uma fácil acessibilidade por parte do público”, um propósito que surge das “necessidades ainda existentes actualmente quer na motivação indispensável de jovens artistas darem a conhecer os seus trabalhos e ideias quer na sensibilização da população em relação à arte contemporânea”.

Entre os palcos escolhidos estiveram a zona envolvente do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça e a Biblioteca Municipal. Havia setas espalhadas pela cidade a indicar o caminho dos diversos eventos a decorrer.

Havia setas e havia comentários dos mais desencontrados
.«Gandas malucos! Isto é uma vergonha! Como é que deixam fazer isto frente ao Mosteiro! Isso não é Arte nenhuma.
Isto está giro! E faz vir gente para a Rua. Aquele junto à Biblioteca está muito engraçado!Foi uma excelente ideia!
Havia visitantes que perguntavam aos artistas, que estavam por perto, o «porquê» das coisas.
Falámos com alguns. Foram conversas interessantes, bem dispostas e descomplexadas.
Segue-se o resumo dessa troca de impressões.
No sábado, dia 15, falámos com o alcobacense Luís Plácido Costa:O meu trabalho “In-paralelos-out” pretende transmitir uma imagem do mundo actual, de tensões. As pedras da calçada saltam devido a essa tensões!
No domingo, dia 16, tivemos oportunidade de falar com mais autores.

Disseram Joana Rita e Valter Lopes, que são da região de Coimbra:As pessoas estão em geral habituadas à arte que vêem em museus e galerias. O que estamos a fazer é trazer arte para a rua. São coisas completamente diferentes da escultura e pintura tradicionais. É uma arte diferente e pode-se ter(e encontrar) arte em tudo.
Sobre o trabalho de Rita Pimenta, intitulado «Águas», frente ao Mosteiro(um tanque de lavar roupa e uma enorme peça de roupa de cor vermelha): Funciona mais pelo conceito que pela ideia. É uma «objecto» de censura ao rio, que está poluído. O tanque de lavar é branco mas a peça de roupa foi tingida pelas águas que estão poluídas, avermelhadas!
Os organizadores do evento, Gonçalo Traquina e Rita Pimenta, que são naturais da região de Alcobaça :As obras falam por si e quem for curioso e tiver dúvidas é só interpelar os autores. Eles estão por perto e têm todo o gosto em comentar (e defender) os seus trabalhos. A poucas horas do fecho da mostra estão satisfeitos. Quebraram a rotina das pessoas e vale sempre a pena ouvir a crítica. Positiva ou negativa.
Uma senhora que conhecemos de Alcobaça, que assistia de perto à conversa, comentou:
«Se não estivesse reformada e continuasse a ensinar traria aqui amanhã os meus alunos para verem este trabalho. Depois na Escola daríamos sequência à visita”partindo” para uma aula de geometria!».
Os «Rabiscuits 2007» tiveram o apoio da C.M. de Alcobaça e os patrocínios da Associação dos Agricultores da Região de Alcobaça, Brincomarché e A Cartilha.
.«Gandas malucos! Isto é uma vergonha!
Isto está giro! Foi uma excelente ideia!
JERO
aproveito para agradecer a amável contribuição do nosso sempre presente colega Jero, para este nosso cantinho.
Lúcia Duarte
sábado, setembro 01, 2007
Ai que alívio!

só resta saber se, depois do repasto, o nosso sr presidente foi comprar umas daquelas cuequitas que se encontravam penduradas na feira - pelo menos saía barato ao erário público - 6 cuecas 5 € - baratinho, não' pois é, mesmo que não tenha tempo para atravessar o deserto alcobacense e venha a ter um descuido intestinal, sempre fica com mais 5 cuequinhas para mudar!
Ah, grande Alcobaça, nunca pensaste progredir tanto como desde que lá temos esta gente a (des)governar-nos!