domingo, agosto 19, 2007

"tou chateada, pois claro que tou chateada!"

Ora mais uma vez tenho de ser "a chata de serviço" mas, não posso deixar passar algumas coisas em claro.





Vivi, durante 4 dias, a feira medieval de Aljubarrota.


Não teve tantos feirantes como nas edições anteriores mas foi uma bela festa.


Mas a feira medieval só vem a ser chamada para esta postagem por 2 motivos:





1ª é bom que se saiba que os turistas podem vir à nossa feira medieval porque, a nossa vila, embora pequenina, tem sanitários públicos (e limpos!).


Para além dos que estão localizados no largo da padeira (vá-se lá saber o porquê desta localização), durante o evento medieval ainda tivemos uns W.C. portáteis junto ao largo de Prazeres, cedidos pela câmara Municipal.





Ora isto é muito bom de se saber!


O que me "custa a engolir" é o facto de, estes sanitários portateis não poderem estar permanentemente junto ao mosteiro (uma vez que, os que supostamente lá deveriam estar, estão, segundo o jornal Região de Císter há 3 anos para acabar).





Depois há, agora, uma entidade que regula a qualidade de vida e coloca uma imensidão de regras sobre os utensilios, maquinaria, etc nas feiras, festas e romarias - ora, na feira MEDIEVAL foi exigida a compra de máquinas de lavar loiça industriais, escoamento de águas limpas e casas de banho.





Boa, acho que D. Nuno deve ter sido obrigado a lavar as mãos antes e depois da batalha e os castelhanos devem ter ido à procura do W.C. portátil tal foi o susto que apanharam quando viram a nossa padeira.





estou muito satisfeita, nunca pensei que, imagens como esta (e peço desculpa ao meu amigo António delgado por lhe ter roubado a foto postada no ecos e comentários)

não incomodam a ASAI - (talvez por os esgotos estarem a ser bem canalizados, será?) mas que as reproduções medievais os incomodam mais a nível de saúde pública.

Não quero lançar muita polémica, até porque, a foto acima fala por mim, mas a quem interessa a venda de máquinas de lavar industriais ?

Já vi que estou no ramo errado - talvez tenha de comprar máquinas para produzir as minhas peças de cerãmica que não permitam que suje as mãos, respire pó de barro, etc.

Bom, sempre posso pedir para lavar as mãos naquelas coisas que servem de escoamento de águas em frente ao mosteiro e posso secá-las com o calor que se faz sentir nesse areal (são só mais 2º no areal que na zona da Gafa, não é muito, pois não?).

Ao ridiculo a que nós chegámos!

NA ROTA DOS CERAMISTAS - Paulo Óscar

Vamos, neste número, dar inicio a uma série de artigos dedicados a ceramistas da nossa zona Oeste (a única que detém 3 das 7 maravilhas de Portugal).

E começamos pelo escultor e ceramista Paulo Óscar, formador e coordenador do curso de cerâmica criativa no Cencal e um dos responsáveis pelo nascimento, crescimento e desenvolvimento de novos talentos.





Nasceu em Lisboa, em 1959, na escola António Arroio formou-se em artes de fogo e foi duas vezes bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.






A sua última exposição intitulada Pertences (onde expõe em conjunto com Elsa Gonçalves) esteve patente no Museu da Cerâmica das Caldas da rainha, tendo sido inaugurada no dia 12 de Julho.






Presentes na inauguração, para além de outras individualidades estiveram a directora do museu e o director da instituição Cencal.





Na mesma data, Paulo Óscar iniciava um workshop de Rakú nú e os seus formandos fizeram questão de assistir a mais uma mostra dos belíssimos trabalhos do seu formador.




As obras expostas foram o resultado da sua vivência na zona oeste que o vem inspirando – é uma emoção muito pessoal – disse-nos Paulo Óscar.






Este mestre iniciou a sua carreira em 1979 no atelier de Jorge Mealha, aprendendo e procurando o seu estilo pessoal.




È em 1988 que esse estilo começa a vir à flor das mãos e quando, pela 2º vez ganha uma bolsa, já tinha traçadas algumas das linhas de um perfil de trabalho (com o qual, ainda hoje nos presenteia).



A nível de formação, Paulo Óscar revela-nos que “o mais importante é passar saberes”. Segundo ele, quando começou na cerâmica, ainda havia muito o “culto de não se querer revelar segredos”. No entanto, para este mestre-formador, duas pessoas a realizar o mesmo tipo de trabalho, mesmo usando as mesmas técnicas, passam sempre visões e emoções diferentes.


O acto de ensinar – nas palavras de P.O. – é fascinante a nível da comunicação porque, as vidas e influências dos mais novos, vão-nos dando ânimo.

Questionado sobre um futuro a longo a curto e médio prazo, Paulo Óscar revelou-nos que iriam haver, ainda em 2007 duas exposições: Uma em Lisboa e outra em Madrid.



Nós, aqui pelo nosso “alcoa” e pelo nosso blog, ficamos a aguardar e prometemos divulgar.



Lúcia Duarte