domingo, abril 01, 2007

Vamos todos ao mosteiro de Alcobaça ver o painel romano de Cós







Mais uma vez o Dr. Rasquilho marca pontos na divulgação do nosso Mosteiro e nas belezas do nosso concelho.
O bom entendimento de trabalho entre a direcção do mosteiro e a câmara municipal de Alcobaça permitiu, num dia só, dois feitos que marcarão, decerto, a cultura da região.
Estamos a falar do dia 30 de Março em que, em cerimónia realizada no mosteiro se assinou um protocolo entre o presidente da câmara, o director do mosteiro e o presidente do Ippar e que permitiu que o espolio bibliográfico de vieira natividade (encontrado nuns caixotes, numa das salas do mosteiro), fosse entregue à guarda e manutenção da biblioteca municipal.

Mas o dia não acabou aqui em matéria de divulgação da nossa história e da nossa cultura: às 18.30h, tivemos o privilégio de ver abrir a porta da na sala dos Reis para a apresentação pública do painel romano, que se encontrava em reserva no Museu de Arqueologia de Lisboa.
Este painel que apareceu em Cós, em 1902, quando se plantava uma vinha é de grandes dimensões.

Foi-nos dado saber que, o que podemos ver no mosteiro, hoje, é cerca de uma quinta parte da obra.
Rui Rasquilho salientou a importância da civilização romana na nossa zona e congratulou-se com a disponibilidade do museu e da câmara, permitindo mostrar a todos os visitantes do mosteiro tão magnífica obra de arte.

Alcina Gonçalves, vereadora da cultura, tomou da palavra e começou por enaltecer a abertura do director do mosteiro para a criação de eventos e parcerias com a câmara municipal – “só assim podemos fazer alguma coisa!...” – foram as palavras da vereadora.
Disse-nos, também, que tem consciência de que já não é possível reavermos este painel para terras de Alcobaça mas agradeceu o facto de ter sido possível tê-lo por cá, mesmo que, temporariamente.

Do museu de arqueologia, tivemos a simpática presença da Dra Ana Isabel Palma Santos que nos contou a história do painel de azulejo.

Referiu que se deve a Leite Vasconcelos o facto de podermos, hoje, admirar este painel.
Quanto ao tamanho do painel, elucidou os presentes ao dizer que, existem, ainda muitas peças a ser restauradas por técnicos credenciados.
Há textos que apontam para a existência de um segundo painel e, até mesmo de um terceiro.

Importante é a técnica que está a ser usada no restauro do pavimento: inovadora, em material sintético e amovível, o que permite que, a qualquer altura, se possa ter acesso ao estado original, o que facilita que, daqui a alguns anos, se se descobrir outro tipo de intervenção mais especifica, não se destruam partes da peça ao remover a técnica agora utilizada.

O painel, tem um simbolismo solar e aquático e, na parte central, encontramos a figura de Apólo

Resta-nos mostrar as fotos do painel (que, amavelmente, foram permitidas e incentivadas pelo Dr. Rui Rasquilho) e informar que irá ser feita uma réplica para ficar, permanentemente, em Alcobaça.


Lúcia Duarte

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